As várias profissões da mãe
Muito se fala sobre as dificuldades de se conciliar gravidez/filhos com a vida profissional. Não há dúvidas de que algumas mulheres ficam inseguras sobre seu futuro no trabalho, ou no mercado de trabalho, depois de meses de licença-maternidade e da posterior vida com criança
Só para começar os exemplos: na falta de opção melhor, podemos nos candidatar a malabaristas de circo. Não entenderam? Então lembra lá dos primeiros meses com o bebê no colo. Quantas coisas você pegou do chão com o pé? Quantos braços você achava que tinha quando equilibrava bebê, mamadeira, chupeta, a boneca soninho, a fraldinha de boca e ainda conseguia acender o abajur e botar o CD de canções de ninar para tocar? Segundo pesquisa Data Salto Agulha, calcula-se que, no primeiro ano de vida das crianças, as mães tenham desenvolvido umas 35 novas habilidades com os pés, 52 com as mãos e 26 com a boca e nada disso é para diversão própria, coitadas. Não há Beto Carrero ou Orlando Orfei que dispense um talento desses.
Também podemos, em caso de necessidade ou por vontade própria, nos transformar
Nós, mães, podemos trabalhar em laboratórios de análises clínicas, tamanha a intimidade que criamos com cocôs de diversas formas e consistências e pela maneira como passamos a tratar do assunto com naturalidade. Podemos nos candidatar a animadoras de karaokê, uma vez que nosso repertório musical aumenta consideravelmente e que somos obrigadas a treinar o gogó diariamente. Podemos alçar vôos maiores e virar gerentes de RH, graças à experiência adquirida com as inúmeras contratações e demissões de babás e empregadas. Podemos virar balconista de farmácia e mostrar que sabemos preço, qualidade e utilidade de todos os produtos destinados a crianças. Numa atitude mais radical, podemos nos dedicar à religião e virar freiras, já que, na cabeça dos filhos e de alguns parentes e amigos muy amigos , mãe não bebe, não fuma, não sai para dançar, não estica em happy hour, não azara, não namora o marido e, conseqüentemente, não transa.
Depois, quando os filhos já estiverem adultos e, claro, não lembrarem de nada disso, podemos, enfim, nos candidatar a santas, que é o que a gente merece. Desculpem, pais, pela falta de modéstia.
sábado, março 01, 2008
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